Pout pourri de slides

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"Eu tinha uma apresentação vital para fazer em minha carreira, mas o material que havia preparado estava muito aquém do desejado. O bom-gosto e a experiência da Manuela Loddo me ajudaram a garantir o emprego e mudar de vida. Até a insegurança na hora da apresentação fica menor quando se tem um material sensacional para projetar."
Prof. Dr. Eduardo Bessa
Universidade de Brasília
"A gente é suspeito por fazer propaganda em família. Mas a Manu tem me ajudado muito com as apresentações que faço no trabalho. Desde a estruturação dos assuntos até a organização visual. Uma boa apresentação facilita o apresentador e prende a atenção do público. Sempre recebo elogios pois todos acompanham com facilidade as apresentações. Obrigada, Manu!!!"
Carolina Loddo
Data Processing Engineer - EUMETSAT

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terça-feira, 2 de agosto de 2016

Sobre textos em maiúsculas

"Ah, mas caixa alta é tão lindo, eu adoro!" Ouvi esse comentário de uma pessoa que me pediu para analisar o projeto gráfico de um relatório. Agora vou tentar explicar razões para não escolhermos deixar o texto todo em caixa alta, ou em maiúsculas.

1. A norma culta da língua portuguesa. Só devemos usar maiúsculas no início de períodos (após o ponto final ou as reticências); cm nomes próprios; em siglas. Usar em outros casos é desrespeitar a gramática.

2. Textos em maiúsculas têm pouca legibilidade. Se fosse para escrever em maiúsculas, para que serviriam as minúsculas? Ocorre que os tipógrafos, que são os caras que desenham tipos, ou letras, têm o maior trabalho para desenhar suas famílias tipográficas. Uma das coisas que eles consideram é a legibilidade. A rapidez na leitura, dada por nossa capacidade de diferenciar com facilidade uma letra da outra e assim formar palavras (conceito muito bem descrito por Lucy Niemeyer, veja o livro na lateral direita do blog).

As letras minúsculas, ou em caixa baixa, têm hastes verticais e horizontais, cuja função é justamente facilitar a distinção entre os caracteres. Assim, o "p" tem uma perninha para baixo (haste descendente), e o "d" tem uma perninha para cima (haste ascendente). Ah, tá, quer dizer que o "d" é um "p" plantando bananeira? Ou será que o "p" é que é um "d" de ponta-cabeça? Tanto faz, o que importa é que a gente bate o olho e percebe a diferença, identificando rapidamente quem é quem, p ou d.

p    d 

Note que a haste descendente faz o p ter altura diferente do d, que tem haste ascendente. Isso é feito para facilitar a leitura. Agora olhe as mesmas letras em maiúsculas:

P      D

Elas têm a mesma altura. Quanto temos um texto inteiro em maiúsculas, fica difícil diferenciar uma letra da outra, e a gente demora mais a ler. Perde-se em rapidez na leitura, ou legibilidade.

VEJA EM QUANTO TEMPO VOCÊ CONSEGUE LER ESTE TRECHO TODO EM MAIÚSCULAS.

Agora veja em quanto tempo você consegue ler este trecho todo em minúsculas.

Notou como todas as letras do texto em maiúsculas têm a mesma altura? O texto vira um bloco, a gente até pode chamar isso de "texto blocado". Está no jargão. E você não vai chamar a atenção se fizer isso. Só se for pela grosseria, afinal, temos também um terceiro motivo para não escrever textos em caixa alta:

3. É falta de educação. Convencionou-se que, na comunicação eletrônica, todas as vezes que alguém escreve em maiúsculas, é como se estivesse gritando. Se não quer ser rude, não escreva em maiúsculas.

Finalmente, um brinde. Convencionou-se denominar as maiúsculas como caixa alta e as minúsculas como caixa baixa. Sabem de onde vem isso? Das gráficas. Nas gráficas convencionais (não as digitais), os caracteres tipográficos, originalmente em madeira e posteriormente em chumbo, são dispostos em caixas. As maiúsculas ficam em cima, nas caixas mais altas, e as minúsculas embaixo, nas caixas mais baixas.

A imagem abaixo é do Wikicommons, com licença de domínio público. Vejam muitas imagens bacanas aqui.



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