Pout pourri de slides

Pout pourri de slides
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"Eu tinha uma apresentação vital para fazer em minha carreira, mas o material que havia preparado estava muito aquém do desejado. O bom-gosto e a experiência da Manuela Loddo me ajudaram a garantir o emprego e mudar de vida. Até a insegurança na hora da apresentação fica menor quando se tem um material sensacional para projetar."
Prof. Dr. Eduardo Bessa
Universidade de Brasília
"A gente é suspeito por fazer propaganda em família. Mas a Manu tem me ajudado muito com as apresentações que faço no trabalho. Desde a estruturação dos assuntos até a organização visual. Uma boa apresentação facilita o apresentador e prende a atenção do público. Sempre recebo elogios pois todos acompanham com facilidade as apresentações. Obrigada, Manu!!!"
Carolina Loddo
Data Processing Engineer - EUMETSAT

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Resolvi oferecer o serviço a você, que anda levemente desconfiado de que tem gente dormindo durante suas apresentações. Viram os depoimen...

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Nancy e Lucy

Essas duas aí deveriam ser amigas, se parecem até no nome. Conheço-as por seus livros. Nancy Duarte, expert em design de apresentações. Lucy Niemeyer especialista em tipografia. A razão de juntá-las na mesma postagem é o fato de que ambas, por caminhos diversos mas passando pelo design, falam de um tipo de texto em seus livros. O texto publicitário. Quando falamos de apresentações, precisamos focar naquilo que capta a atenção do público/plateia. Com certeza, uma lista infinda de palavras com marcadores deixará sua plateia pra lá de entediada. Geralmente o apresentador sabe muito mais do que consegue escrever no PowerPoint, ou do que as pessoas conseguem ler. Ele precisa traduzir sua ideia graficamente para criar um vínculo emocional com o conteúdo e seu discurso ser tanto entendido quanto lembrado.

Porém, muitas vezes não se consegue uma imagem ou um diagrama que traduza determinada ideia. Mas é possível buscar uma mensagem que seja simples e que contenha a essência do conteúdo que será detalhado no discurso. Aí entram Nancy e Lucy. Nancy com a abordagem dos outdoors. A autora sugere o uso da linguagem publicitária, ou até de sinalização. Lucy sugere os princípios ergonômicos de usabilidade. Toda vez que for escolher um tipo gráfico, pense neles. Qual o objetivo da comunicação? Precisa ser legível, compreensível e memorável. Legibilidade, leiturabilidade e pregnância. Textos curtos e grossos. Literalmente: frases curtas com letras grossas e sem serifa. Nada de frescura na tipografia. Qualquer frescura dificulta a leitura e o entendimento. Quer tentar?

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Mais critérios ergonômicos de usabilidade

Em postagem anterior, falei do critério ergonômico de usabilidade de Niemeyer denominado legibilidade. Hoje falo de leiturabilidade e pregnância. Leiturabilidade, segundo a autora, é a característica do texto que facilita a compreensão da mensagem. Ou seja, é uma associação da legibilidade, atributo mais intimamente ligado à tipografia escolhida, com a linguagem, ou as características semânticas do texto que o tornam claro. Assim, um texto será mais facilmente compreendido na medida em que for tão bem escrito quanto tiver uma tipografia bem escolhida.

Já a pregnância é aquela característica que oferece destaque e relevância a elementos escolhidos na mensagem. É um recurso muito utilizado em textos publicitários. Quando se pretende chamar a atenção para partes de uma mensagem, utilizam-se critérios de legibilidade, leiturabilidade e pregnância. Assim o texto fica, legível, compreensível e memorável.

O conhecimento desses critérios é importante para se trabalhar melhor as mensagens dos slides em apresentações. Porque neles há o desafio da simplicidade. Suas mensagens precisam ser curtas, claras, legíveis e memoráveis.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Dragnifier e Zoom it

Um amigo publicitário me deu uma dica que somente hoje tive tempo para testar. E aprovei! Ele me falou sobre o Zoom it, que é uma ferramenta free que oferece uma lupa que ajuda a ampliar imagens em apresentações. Também pode ser usada para edição de imagens, e é útil para isso.

Não encontrei versão da ferramenta para o sistema operacional Vista, que é o que uso. Mas encontrei outra bem interessante, que é esta da imagem. Dragnifier. Assim como o Zoom it, tem a lupa, e nela você diz que teclas de atalho vai usar para chamar sua lupa. Também é possível alterar o formato da lupa (quadrado, retangular, circular) e trocar a proporção do zoom (2x, 4x, 8x), isso tudo só com o atalho que você mesmo criou! Outra facilidade da lupa é que ela traz uma régua de pixels, o que é bastante útil para quem trabalha com imagens.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Tipografia

Hoje acrescentei o livro de Lucy Niemeyer sobre tipografia. Livro básico, excelente para quem está em fase de iniciação sobre o tema. Tipografia é sempre um nó quando o assunto é apresentações. Um slide bem elaborado deve fugir do texto como o diabo foge da cruz. Mas a gente precisa, muitas vezes, dar um título, dar uma dica com texto mesmo. E aí, que texto escolher? Niemeyer ensina critérios ergonômicos de usabilidade para os tipos: legibilidade, leiturabilidade e pregnância. Vamos ficar só no primeiro, que é o mais simples. Quando um tipo é bem desenhado, torna-se fácil perceber a diferença entre os caracteres: ninguém confunde "e" com "a" ou "o". O desenho de cada letra torna-a única e fácil de ser distinguida das demais. Assim, quanto mais diferente uma letra da outra, mais fácil a leitura.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Comunicação com poucas cores

Nancy Duarte orienta para o uso de uma paleta de três cores em apresentações. A autora sugere esse número ideal, com no máximo o acréscimo de duas cores: uma para destaques, outra neutra. Se consultarmos Johannes Itten, da Bauhaus, o autor orienta para a harmonização de cores com a utilização do círculo das cores. Segunto Itten, conseguem-se combinações harmônicas com o posicionamento de formas geométricas (quadrado, retângulo, triângulo equilátero e isósceles) sobre o círculo das cores. Itten sugere a harmonização de todas as cores com o cinza neutro.

Assim, lembrando a dica de Duarte, paleta de três cores com mais duas, sendo uma neutra, podemos concluir que a parte de baixo da figura de Itten, que utiliza os triângulos para harmonizar cores, é uma excelente dica para cores harmônicas em apresentações. E todas se combinam com o cinza neutro.

Imagem: Barros, pág. 95.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Dica de media training

Hoje acrescento mais um livro à bibliografia. A dica veio de minha orientadora, a professora Heloiza Matos, que hoje é pesquisadora na Cásper Líbero. A Representação do Eu na Vida Cotidiana é um livro encontrado ali pelas estantes de psicologia e sociologia. A Prof. Heloiza indicou esse livro no curso de media training.

O que é que media training tem a ver com apresentações? O principal: conhecer seu público. Toda interação entre pessoas, diz Goffmann, é uma representação. Estamos sempre representando. Para sermos aceitos em sociedade. Para representarmos nossos papéis e sermos aceitos perante nossos públicos, precisamos conhecê-los. Voilá! Você vai fazer uma apresentação. Para quem? De onde vem seu público? Que linguagem esse público entende? Qual sua formação acadêmica? Quais os ritos com os quais está acostumado? Que mensagens o conquistarão? Estude seu público, conheça seu público, defina o melhor modo de conquistá-lo, de estabelecer uma conexão saudável com ele. É a primeira coisa que deve fazer antes de preparar sua apresentação.

sábado, 17 de julho de 2010

Dicas visuais

Esta semana precisei elaborar uma apresentação de um plano de comunicação. O plano continha três momentos de ações: pré-lançamento do produto, lançamento e pós-lançamento. Na primeira apresentação, para o chefe imediato, deixei claras as transições entre os momentos. No entanto, o chefe a todo momento perguntava: "em que parte mesmo estamos? Já passamos pelo lançamento?" Lá pelas tantas, ele se virou para mim e disse: "sabe, não está claro em que momento do plano nós estamos, dá pra dar alguma orientação nos slides?"

Concluí que o problema era que não havia dicas em cada slide, mas somente nos de transição. Assim, resolvi incluir dois elementos visuais: a cor de fundo e os balões discretos no canto superir esquerdo. Assim ficou tudo muito mais fácil de acompanhar.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Quando a luz não atrapalha


A paleta de cores nas imagens projetadas recebe forte influência da luz ambiente. Isso porque a mistura de cores é do tipo luz, ou o que chamamos de síntese aditiva. Você deve se lembrar do jardim de infância, quando a professora ensinava que as três cores básicas são vermelho, azul e amarelo, e a mistura de todas elas, você deve ter descoberto sozinho, dava preto. Então, não é nada disso: essa mistura da sua infância é o que chamamos de síntese subtrativa.

Na cor luz  (imagem acima), temos o branco atuando na mistura. O branco é a luz pura, a luz do ambiente. As cores básicas nessa mistura, como você deve saber, são o vermelho, o verde e o azul, escala mais conhecida como RGB (red, green, blue). Por isso os projetores têm três lâmpadas, uma vermelha, uma verde e uma azul. Quando uma delas não está calibrada, todo seu trabalho de escolha de cores vai pelo ralo.

E há outro problema: se você deixar a sala escura, seus slides aparecerão mais. Porém, quanto mais eles aparecerem, mais você irá sumir. Se escurecer muito, a galera vai dormir. Se clarear muito, o branco da luz ambiente interfere na sua paleta, esmaecendo-a. O que fazer?

Procure conhecer o ambiente da apresentação previamente. Procure otimizar o contraste de cores nos seus slides. E planeje sua apresentação para te apoiar. Não deixe a sala totalmente escura, afinal o apresentador é você.

E a luz, quando não atrapalha? Hoje em dia existe uma tecnologia muito bacana que acredito irá revolucionar os projetos de ambientes de apresentações. E vai acabar com essa história de que as apresentações só ficam bonitas se feitas no escurinho. Trata-se de uma película da 3M, o Vikuiti. A película é aplicada sobre superfícies de vidro que com ela se transformam em grandes telas de projeção, e é composta por microesferas que criam áreas sombreadas que não deixam a luz ambiente atrapalhar a projeção. O detalhe é para o projetor, que precisa ser posicionado atrás da tela. Isso exige algumas proporções adequadas e distâncias para funcionar. Por isso, se você estiver pensando em reformar os auditórios de sua empresa ou suas salas de reunião, pense em novas tecnologias de projeção e deixe um espaçozinho extra atrás da tela de projeção.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Um pouco sobre cor

Hoje acrescento quatro livros sobre cor. Os livros de Duarte e Reynolds tratam do assunto com foco em apresentações. Inclusive, Duarte dá excelentes dicas de como definir paletas de cores. Porém, é sempre bom consultar outras fontes. Afinal, cor é um assunto de muita complexidade e todo cuidado é pouco.

O livro de Modesto Farina tem foco na aplicação da cor em publicidade. No entanto, os capítulos iniciais descrevem tudo quanto é estudo sobre cor, teorias pela área da física, da fisiologia e da psicologia. Vale uma leitura. Ele descreve com esquemas gráficos o fenômeno ótico da cor, como percebemos a cor, sua subjetividade e outros aspectos interessantes.

O livro de Barros é fruto de seu doutorado e uma aula sobre cores a partir dos mestres da Bauhaus. Acho especialmente interessante a parte de harmonização das cores a partir do círculo das cores e das formas geométricas sobrepostas, na teoria de Johannes Itten. Para quem não tem noção de como combinar e harmonizar para uma paleta agradável, é uma ótima dica. Barros também fala muito da Doutrina das Cores de Goethe, que incluí no blog para quem tiver mais interesse nos aspectos psicológicos das cores.

O livro de Barros me gerou mais curiosidade sobre os estudos de Albers, que desenvolveu mais suas análises sobre cor depois que saiu da Alemanha para Yale. Aliás, essa Yale é danada: Albers, Tufte, esses caras vão todos parar lá... voltando a Albers, seu livro é quase uma viagem psicodélica. Não à toa, Albers é denominado o pai da Op Art. Nas páginas finais, uma riqueza enorme de estudos de interação da cor, recheada de fenômenos óticos com cores, explicados em sua razão fisiológica. O efeito, sua razão, nossa limitação de percepção, enfim, se quiser enganar os sentidos utilizando a cor, o livro de Albers é um prato feito!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Mais quatro livros

Hoje adicionei quatro livros bons, dois deles bem recentes, lançados este ano. Começo com o bom e velho Kosslyn, desta vez com um livro só sobre gráficos. São os mesmos oito princípios de cognição apresentados em Clear and to The Point, mas enquanto o foco daquele é a apresentação, este só aborda os processos cognitivos na percepção dos gráficos.

Em seguida, Presentation Zen Design, do mesmo Garr Reynolds. Propositadamente deixei o link para a resenha do site do autor, portanto o clique leva a um ambiente de fonte de informação confiável. Confesso que tive certa decepção com este segundo livro de Reynolds. Enquanto no primeiro ele parecia descobrir a pólvora, neste ele trabalha mais sobre exemplos de aplicação do que orienta no primeiro livro. A novidade é o capítulo sobre gráficos, no qual busca referências justamente em Kosslyn.

Logo abaixo, dois Robin Williams (não é o ator, mas a designer). O bom e velho amarelinho, que tem versão em português, é de enorme utilidade. O outro, mais recente, aplica os mesmos princípios do mais antigo, só que a apresentações. Não entra em aspectos de conteúdo, apenas de formatação.

Boa leitura!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Organização perceptual

Este princípio de Kosslyn diz que as pessoas automaticamente agrupam elementos em unidades, às quais prestam atenção e das quais se lembram com mais facilidade. O sistema cérebro-ocular automaticamente agrupa elementos visuais em unidades de percepção. Como cada unidade é uma entidade psicológica - e não física - não é possível determinar se um slide tem informação demais simplesmente contando-se as marcas da tela. No entanto, é possível entender como funciona a organização perceptual.

Olhe para as duas imagens. Ambas reproduzem slides com a mesma informação. A única diferença é o agrupamento da informação em unidades perceptuais. Viu como você percebeu?

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Regra dos Quatro

Um dos princípios de cognição de Kosslyn diz que nosso cérebro tem limitada capacidade de percepção. Kosslyn, assim como Sweller, ensinam que nós temos dois tipos de memória: a memória de trabalho, ou de processamento, e a memória que é o repositório de informações. A primeira é pequena, ou tem menor capacidade do que a segunda. Quer dizer que, ao sermos apresentados a informações novas, utilizamos imediatamente a memória de processamento (a mais "curta"). Ela prontamente começa a ativar a memória e a buscar informações no repositório que tragam sentido à nova informação.

Sweller chama o esforço de uso da memória de trabalho, ou processamento, de carga cognitiva. E diz que devemos minimizar a carga cognitiva em processos de aprendizado. Kosslyn ensina como fazer isso em apresentações. Seu princípio da limitação de capacidade ensina que só conseguimos processar quatro grupos de informação por vez. Portanto, se precisar exibir um gráfico, busque agrupar as variáveis em grupos de quatro. Quatro grupos de quatro, por exemplo. Quatro barras num gráfico de barras. Quatro fatias num gráfico de pizza. Aproveite para fazer um esforço de síntese, que é muito útil para sua plateia. Todos irão agradecer. E, o que é melhor: todos irão entender.

sábado, 3 de julho de 2010

Comece pelo começo II

Na postagem anterior, sugeri a técnica do "cara de sorte" (card sorting), para organizar as idéias e estruturar o conteúdo antes de montar os slides. Nesta postagem sugiro outra técnica bem interessante: mapas mentais. Os mapas mentais podem ser elaborados tanto em papel ou em computador. Eu utilizo um software livre muito fácil de usar, o freemind. Há outros. Há também muitos livros sobre mapas mentais. Para estruturar uma apresentação, o uso é bem simples: um círculo no meio da página (ou tela) e as partes da apresentação lançadas em sentido horário, iniciando pelo canto superior direito. A vantagem do uso do mapa mental em software é a facilidade que ele oferece de copiar, colar, mover e trocar as partes da apresentação e seus conteúdos de um lado a outro, até que se obtenha uma lógica interessante para a apresentação. A imagem é de um mapa mental que utilizei para estruturar uma apresentação sobre apresentações.

Há também a técnica do story board, que é muito utilizada em publicidade. É uma espécie de card sorting. Para quem tem muita familiaridade com o PowerPoint, é possível utilizá-lo numa etapa anterior à da apresentação, no modo Classificação de Slides, com um zoom que permita usar cada slide como uma espécie de card, e lançar ali suas idéias. O story board lembra uma história em quadrinhos, pois é mais visual. É uma forma de praticar o raciocínio visual. Em vez de palavras, esquemas e diagramas.

Qualquer que seja a técnica escolhida para começar sua apresentação, o que importa é você estabelecer um processo de raciocínio divergente, como um brainstorm (individual ou em grupo): mude a posição dos slides, olhe para o todo, defina a estrutura da apresentação. Só depois do recorte de conteúdo definido, vá para a construção mais definitiva dos slides. Acredite, isso traz um enorme ganho de tempo, pois você já terá seu grande mapa, e para montar os slides, bastará seguir seu mapa.