Em continuação ao jogo dos princípios, hoje vou aplicar o princípio Alinhamento ao mesmo panfleto de Madame Ju, nossa cigana-vidente.
No post anterior, usei apenas o princípio da Proximidade, aproximando os conteúdos do panfleto que são relacionados, por tipo.
Agora, vamos pegar o panfleto apresentado após essa aproximação, e aplicar o princípio do alinhamento.
Vocês vão perguntar: mas antes não estava alinhado? Sim, estava, e já era suficiente para que o leitor percebesse a hierarquia e a lógica das informações, e encontrar com facilidade os contatos de Madame Ju para trazer sua amada de volta, como cantava Evandro Mesquita.
Mas notem que, quando a gente adota um alinhamento diferente do centralizado, por exemplo, o à direita, o design ganha um certo toque de ousadia. Fica diferente, provoca uma olhadinha só porque está fora do "normalzinho que se vê por aí".
Então quer dizer que se eu alinhar todos os meus slides à direita, meu design vai ser diferenciado? Opa, calma aí. Notem que se trata de um panfleto, tem pouco texto. Imaginem ler uma página de livro inteira, na qual seu olhar vai procurar o ponto de começo de cada linha de texto ao longo de toda a página. Coitado do leitor.
É preciso analisar a quantidade de informação, o vínculo que uma informação tem com a outra, e a rapidez que se espera na leitura (legibilidade).
O que não dá pra fazer é ficar mudando de alinhamento "só pra variar". Posso ter dois alinhamentos diferentes? Claro, desde que esses dois alinhamentos sejam adotados com algum critério que ajude o leitor a perceber melhor a informação. Lembrando que o design é uma ferramenta para melhorar a usabilidade de um produto. Nesse caso, um produto visual, gráfico, para tela ou impressão. Orientar o olhar para direcioná-lo ao que interessa. Essa pode ser a grande função do design. Se o cara olhar o que interessa, quem sabe ele contrata o serviço. Se nem isso você consegue que seu design faça, melhor nem produzir folhetos, afinal, eles irão para o lixo.
sexta-feira, 1 de julho de 2016
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