Ocorre que a mancha gráfica do livro deixava, para as ilustrações, uma área vertical. Conversei com o designer e expliquei que, em se tratando de uma linha do tempo de 1955 até 2015, ficaria melhor na horizontal. Ele me lembrou de um problema que é comum na encadernação.
Geralmente não temos muito controle sobre o processo gráfico. O livro sai da editoração e a gente começa a rezar pra dar tudo certo, da impressão à montagem. E no caso de uma ilustração que ocupa duas páginas, o risco é alto.
Abaixo, reproduzo uma linha do tempo super gostosa, que a revista Quatro Rodas publicou na semana passada. A evolução da Fiat no Brasil, desde sua inauguração. Uma viagem e tanto no tempo.
A página está bem casadinha, o desenho não perdeu continuidade na passagem de uma página a outra. Mas fica sempre aquela dobra chata, atrapalhando.
Explorei diversas fontes, inclusive descobri um monte de coisas legais sobre linhas do tempo. Uma delas é que a gente pode, sim, ter uma leitura vertical. Desde que respeitando o sentido da leitura ocidental, ou seja de cima para baixo. Foi assim que desenvolvi minha linha do tempo. Quando o livro for publicado, replicarei aqui no blog.
Outra coisa que andei vendo nessa pesquisa foram linhas do tempo usadas como currículos visuais. Muito bacanas. Nesse caso, as pessoas usam a leitura do tempo invertida. Lógico, para aparecer em cima a experiência mais recente.
Ou seja, cada caso pode sim ter um tratamento diferente, desde que não confunda o leitor e que aproveite o que o recurso oferece de melhor.
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