Ontem me diverti com o Slide-Horror Show. Uma coletânea de slides horríveis com comentários ácidos do presidente do partido. Vale a pena dar uma navegada no show de horrores para dar boas risadas.
Mas, entre nós, é bem feio ficar vasculhando a internet em busca de slides ruins só pra criticar. Acho que sempre tem espaço para melhorar. Li um pouco sobre o partido e o site e descobri que se trata de um professor de cursos de oratória, que afirma que 90% dos slides no mundo são tão ruins, que a comunicação fica muito melhor com o flipchart. Como ele ensina a usar o flipchart nos seus treinamentos, acho bem tendencioso afirmar isso.
Quando a gente faz as coisas direito, investindo tempo na produção de slides, pesquisando melhores formas de apresentar a informação visualmente, aplicando princípios de design, dificilmente um flipchart trará um efeito visualmente melhor.
Claro que o flipchart bem usado também é um deslumbre. Muitos de vocês não conheceram, quando crianças, o Daniel Azulay. Sou de um tempo em que ele aparecia na televisão e desenhava ao vivo. A gente ficava de fato enfeitiçado.
A propósito, depois de verem o show de horrores do link acima, vejam aqui dois infográficos elaborados por meu amigo Leonardo Sá, que está fazendo doutorado na Ecole Nationale d'Administration Publique, em Montreal. Ele produz esses diagramas para resumir textos do curso. Obviamente, um cara como ele, com formação em arquitetura, tem condição de produzir um infográfico bem feito, com os elementos visuais alinhados, respeitando princípios de design. Observem o uso dos elementos visuais, especialmente as cores, para criar identidade e relações.
Aqueles slides do show de horrores poderiam ser elaborados nos mesmos critérios, e certamente há muitas formas de eles ficarem muito melhores, inclusive bonitos. É preciso técnica, profissionalismo, design. Acredito que todas as pessoas têm condição de desenvolver seu senso estético e aplicar técnicas para poder fazer esse tipo de coisa, e melhorar a qualidade de seus slides. Basta estudar um pouco, pesquisar e não achar que só porque tem a ferramenta, vai fazer bonito.
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