Lembro-me de haver redigido algumas postagens sobre tipografia, mas como o blog é muito antigo, e minha cabeça já não funciona lá essas coisas, usei minha intuição e a muleta mais preciosa em tempos de excesso de informação: a caixa de busca. Sim, ela é uma ajuda e tanto. Sei que ela fica escondidinha no canto superior do blog, e pode ter passado despercebida, então fiz uma imagem de ajuda pra quem não viu a caixa de busca, olha ela aí:
Preenchi a caixa de busca do blog com o termo "tipografia", e veio o que imaginava. Eu já havia feito uma postagem bastante exaustiva sobre fontes Open Type e True Type. E também encontrei bons sites especializados, com excelentes dicas. O resultado da busca está aqui. Basta rolar a tela.
Agora, vamos ao que os autores especialistas dizem sobre fontes para slides. Extraio o texto de um livro chamado Design de Apresentações (que coincidência):
"A abordagem do texto nos slides deve seguir dois critérios: simplicidade e legibilidade. A simplicidade se consegue com a síntese do conteúdo e a busca pela essência das mensagens. A legibilidade se consegue com a escolha adequada da tipografia.
Os tipos sem serifa facilitam a leitura de textos a distância. Esses tipos têm boa legibilidade a distância porque suas hastes são mais espessas do que as dos tipos serifados. Obviamente, a legibilidade também está relacionada ao tamanho das letras, o entrelinhas, o entreletras, os alinhamentos e o corpo escolhido, que deve ser suficiente para ser lido a distância.
A serifa dificulta a leitura da imagem projetada. Os tipos serifados têm hastes que variam em espessura, e próprio desenho da serifa, que facilita a diferenciação entre os tipos na mídia impressa, é um elemento gráfico a mais na leitura projetada, e tudo o que 'sobra' visualmente deve ser evitado em slides.
Duarte (2008) recomenda não mais do que dois tipos de famílias de fontes para cada apresentação.
A imagem abaixo mostra, na fila superior, três tipos sem serifa e, na fila inferior, três tipos com serifa.
Se não for possível o uso de uma única família, use uma sem serifa com uma de serifa mais grossa (veja abaixo a diferença).
Esses tipos com serifa grossa, quando escolhidos com os devidos cuidados, oferecem boa legibilidade porque têm as hastes mais espessas. Mesmo assim, para promover o contraste, deve-se cuidar da diferenciação clara entre os tipos, como o desenho da letra 'a' minúscula."
Duas fontes em serifa não promovem contraste suficiente, porque são muito parecidas. É esse o motivo pelo qual a gente ou usa um só tipo na apresentação toda, e sem serifa, ou opta por uma segunda família para títulos, por exemplo, ou destaques, textos menores, utilizando uma com serifa grossa, como sugerido.
Ah, e se usar uma única família, pode estabelecer hierarquias com o uso das versões Light, Normal, Bold, Italic etc. Só não vale distorcer as fontes.
Pretendo escrever mais sobre o assunto, como por exemplo a questão do uso de maiúsculas e minúsculas. Obrigada, Ana Kelly!
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