segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Advanced Presentations by Design
Hoje minha amiga Pac trouxe dos EUA minha mais nova aquisição: o livro de Andrew Labela. Eu namorava o livro há alguns meses, sem coragem de bancar o frete da Amazon.com. Aí a Pac ofereceu essa gentileza, e estou com o livro aqui ao meu lado. Ainda não li em detalhe, mas vou matar a curiosidade dos meus poucos e fiéis seguidores. Trata-se de uma tese de doutorado de um americano. Labela analisou mais de 200 apresentações. Na bibliografia, um prato cheio. Além de praticamente todos os autores que cito neste blog, quilos e quilos de outros. Labela desenha sua metodologia de 10 passos para se estruturar uma apresentação: objetivo, problema/solução, evidência, anedotas, sequência, gráficos, layouts, stakeholders e métrica. Vou ler mais para compartilhar mais. Quem quiser o livro, pode encomendar no Amazon (a imagem do livro está aí ao lado). Nem todos têm uma Pac gentil para oferecer "carona de livro". Valeu, Pac!
sábado, 20 de novembro de 2010
Meu livro!
Finalmente, meu livro será lançado em Brasília. Infelizmente, como foi uma impressão em tiragem reduzida e para distribuição interna ao BC, não posso oferecê-lo como gostaria. Estou realmente disposta a fazer uma adaptação para uma versão para o mercado, e para isso preciso encontrar um editor. Se alguém conhecer um editor disposto, agradeço.
Segue o sumário do livro: reflexões genéricas sobre apresentações; planejamento da apresentação; o padrão visual; slides com imagens: por que, quando e como usar; diagramas; animações; exemplos trabalhados; conclusão: não faça documentos, faça slides; princípios, teorias, características de cognição e design.
A idéia do livro nasceu desde a elaboração do trabalho de conclusão do MBA, mas ganhou corpo com as oficinas dentro do Banco Central. Como me recusei a entregar os slides das aulas (conforme mandam os especialistas), resolvi retrabalhar a monografia adaptando-a à didática do curso. O livro agora é usado como documento impresso. Em vez de entregar slides ou apostila, meus alunos agora ganham um livro. Lá tem tudo o que ensino no curso, e mais um pouco!
Segue o sumário do livro: reflexões genéricas sobre apresentações; planejamento da apresentação; o padrão visual; slides com imagens: por que, quando e como usar; diagramas; animações; exemplos trabalhados; conclusão: não faça documentos, faça slides; princípios, teorias, características de cognição e design.
A idéia do livro nasceu desde a elaboração do trabalho de conclusão do MBA, mas ganhou corpo com as oficinas dentro do Banco Central. Como me recusei a entregar os slides das aulas (conforme mandam os especialistas), resolvi retrabalhar a monografia adaptando-a à didática do curso. O livro agora é usado como documento impresso. Em vez de entregar slides ou apostila, meus alunos agora ganham um livro. Lá tem tudo o que ensino no curso, e mais um pouco!
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Gráficos criativos
Não resisto a replicar a compilação de estatísticas sobre as mídias sociais, divulgada recentemente em vários blogs. Me encantaram os gráficos, especialmente o que tem a figura humana, mais ao final. Boas sugestões para reperesentação de informação quantitativa em apresentações. Para ver a imagem em mais detalhe, visite http://silviasaron.files.wordpress.com/2010/10/josetelmo-perfil-redes-sociais-brasil.jpg .
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Luz, sombra e imagens que enganam
Em postagem antiga, comentei sobre Frutiger e suas considerações sobre a luz e a sombra como elementos igualmente importantes na construção da imagem. Acabo de voltar da exposição de Escher no Centro Cultural Banco do Brasil. É a segunda vez que Escher vem a Brasília. Agora em grande estilo. Filas de curiosos para se embasbacar com os desenhos do grande artista, arquiteto, que dominou como nenhum outro a matemática para transformar cenas da natureza em enigmas visuais.
Escher convida a muitas reflexões sobre o design de apresentações. Uma delas, que comento inicialmente, é o uso controlado de áreas de luz e sombra. Diferente de Escher, que planeja imagens que nascem da luz para a sombra e depois da sombra para a luz. Basta olhar para o vídeo http://www.youtube.com/watch?v=WwiYpV_-s0U&NR=1 para entender melhor o processo.
Depois de ver o vídeo, podemos observar a imagem abaixo e refletir sobre ela. Um simples gráfico de barras. O que há de errado com ele?
Note a distância entre barras. Quanto mais essa distância se parecer com a largura da barra, mais se reforça a impressão de que há barras brancas no gráfico. Isso gera confusão na percepção da imagem. Geralmente quem cria gráficos não tem formação em design e não observa a imagem que cria com vazios, brancos ou luz. Está tão fixado nos dados que se esquece de que o gráfico é uma imagem, e o espaço vazio faz parte da imagem. De repente, o gráfico fica confuso e atrapalha a percepção.
Kosslyn nos ensina a usar nossa limitação de percepção e desenhar gráficos de barra mais facilmente percebidos. A distância entre as barras, mais segura, é o dobro da largura da barra. Não dá? Use o princípio da discriminalidade, de Kosslyn: "duas entidades distintas só são percebidas se forem suficientemente distintas." Esse suficientemente, para Kosslyn, é uma diferença de no mínimo 25%. Em seu gráfico, distancie as barras em uma largura pelo menos 25% menor ou maior do que a barra do gráfico. Além disso, o mesmo Kosslyn sugere a regra dos 4: "nosso cérebro involuntariamente agrupa a informação em conjuntos de quatro".
Escolha as quatro variáveis mais relevantes para seu ponto de vista e apresente-as suficientemente espaçadas. Resolvida a questão!
Escher convida a muitas reflexões sobre o design de apresentações. Uma delas, que comento inicialmente, é o uso controlado de áreas de luz e sombra. Diferente de Escher, que planeja imagens que nascem da luz para a sombra e depois da sombra para a luz. Basta olhar para o vídeo http://www.youtube.com/watch?v=WwiYpV_-s0U&NR=1 para entender melhor o processo.
Depois de ver o vídeo, podemos observar a imagem abaixo e refletir sobre ela. Um simples gráfico de barras. O que há de errado com ele?
Note a distância entre barras. Quanto mais essa distância se parecer com a largura da barra, mais se reforça a impressão de que há barras brancas no gráfico. Isso gera confusão na percepção da imagem. Geralmente quem cria gráficos não tem formação em design e não observa a imagem que cria com vazios, brancos ou luz. Está tão fixado nos dados que se esquece de que o gráfico é uma imagem, e o espaço vazio faz parte da imagem. De repente, o gráfico fica confuso e atrapalha a percepção.
Kosslyn nos ensina a usar nossa limitação de percepção e desenhar gráficos de barra mais facilmente percebidos. A distância entre as barras, mais segura, é o dobro da largura da barra. Não dá? Use o princípio da discriminalidade, de Kosslyn: "duas entidades distintas só são percebidas se forem suficientemente distintas." Esse suficientemente, para Kosslyn, é uma diferença de no mínimo 25%. Em seu gráfico, distancie as barras em uma largura pelo menos 25% menor ou maior do que a barra do gráfico. Além disso, o mesmo Kosslyn sugere a regra dos 4: "nosso cérebro involuntariamente agrupa a informação em conjuntos de quatro".
Escolha as quatro variáveis mais relevantes para seu ponto de vista e apresente-as suficientemente espaçadas. Resolvida a questão!
Não é preciso ser nenhum Escher para trabalhar nesse nível da percepção. O que se espera é não criar novas imagens com luz que possam vir a atrapalhar a percepção da imagem gerada pelos espaços preenchidos com sombra ou cor.
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